O costume das tradições juninas surgiu na Europa, quando os agricultores realizavam festas para comemorar as colheitas. Portugal, responsável pela colonização do Brasil, tinha a tradição de celebrar a colheita do trigo, entre os meses de junho e setembro, por isso esse costume foi introduzido aos poucos no nosso país.
Como na época, o Brasil não era um grande produtor de trigo, as festas começaram a ser celebradas utilizando o milho, que se tornou um símbolo forte da festa junina devido ao fato da sua safra ocorrer no mês de junho, o que possibilita a produção de muitas comidas que utilizam o milho como base, por exemplo canjica, pamonha, mingau de milho verde, pipoca, e bolos, além do milho cozido ou assado.
O milho é um alimento consumido durante o ano todo no Nordeste, mas nas festas de São João as preparações que levam esse ingrediente ganham um destaque especial.
A festa junina é uma festividade popular de cunho agrícola e religioso, visto que visa comemorar as colheitas, bem como datas dedicadas a santos católicos (Santo Antônio, São João e São Pedro). No início, em referência a São João, a festa era conhecida como “festa joanina”, mas no decorrer do tempo, a festa começou a ser chamada de “festa junina”, já que os festejos aconteciam durante todo o mês de junho.
Os pratos típicos são fortes representantes dos eventos e regiões brasileiras, assim, tomando o milho e as festas juninas como exemplo, podemos afirmar que geralmente a constância de uma preparação em determinado local ou festividade indicam um importante traço da história, devendo, portanto, ter todo o seu valor reconhecido.